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Sartre dizia, de forma absolutamente disruptiva para o pensamento da época, que só há uma coisa que podemos fazer na vida: escolhas.

De fato, estamos condenados a ser livres e a fazer nossas próprias escolhas. Mas no fundo, Sartre queria dizer que nosso discurso pessoal estava, habitualmente, eivado de má-fé.

Quem aqui nunca se convenceu que “tem” que fazer as coisas que faz? Ora, tenho que trabalhar. Tenho que estudar. Tenho que acordar cedo. Tenho que economizar.

Imagine: todos os dias deixamos de ficar mais tempo com nossos filhos para ir trabalhar, deixamos de dormir até o meio dia para acordar cedo, deixamos de gastar como queremos o nosso dinheiro para economizar! Mas por quê? Ora, porque queremos. Ninguém nos obriga a nada disso. Somos nós quem fazemos essas “péssimas” escolhas. O que nós não conseguimos, de fato, é assumir que todas nossas ações são fruto de nossas próprias escolhas. 

E assim funciona, também, em muitos casos de suposto erro médico.

Vou tentar ilustrar isso com um caso recente e real:

Antônio, 30 anos de idade, foi passar uns dias em Florianópolis. Lá, muito afeito à noite, ele acabou tomando algumas cervejas além da conta. Se envolveu numa briga e, com seus reflexos lentificados pelo álcool, foi um alvo fácil. Caído ao solo, foi ferido com uma garrafa de vidro quebrada. Seus tendões do tornozelo foram dilacerados. Mas Antônio continuava bêbado. Foi até um hospital, onde se indicou internação hospitalar, a fim de operá-lo e tentar, dentro do possível, preservar os movimentos do seu pé.

Infelizmente, quando etilizados, perdemos um pouco do nosso bom senso. E assim Antônio resolveu ir embora, não obedecendo a indicação médica de internar, e obviamente não fez a cirurgia indicada.

No dia seguinte, Antônio decidiu que iria retornar para sua cidade natal, e nela procuraria um médico pelo seu convênio.

Após 24 horas do trauma, portanto, Antônio consulta novamente numa emergência, já refeito da intoxicação pelo álcool. E fica então sabendo que já não daria mais para reconstruir seus ligamentos do tornozelo de pronto, de imediato: os tendões haviam retraído, encurtado, e então seriam necessários exames para programar a cirurgia, definir a técnica a ser utilizada, e seu caso, que era urgente, passou a ser considerado agora eletivo.

Antônio peregrinou. Bateu em 4 emergências, e em todas teve essa mesma informação: não havia como interná-lo de pronto para operar. Eram necessários exames de imagem e um planejamento cirúrgico.

Após cerca de 10 dias, Antônio operou seu tornozelo. Restaram sequelas, evidentemente.

Agora é que vem a parte interessante: quem era o culpado pelas sequelas do tornozelo do Antônio? Ele ou os médicos?

Ele, ao decidir beber até não aguentar mais? Ele, ao provocar uma briga? Ele, ao fugir do hospital que havia pedido sua internação para operar? Ele, ao consultar mais de 24 horas depois do trauma disposto a resolver seu problema? Ou os médicos que não quiseram fazer sua cirurgia sem um adequado planejamento? Para Antônio, os médicos eram os responsáveis. E assim ele os processou, um a um.

Pois bem, esse é o insight que eu queria transmitir: nós dificilmente assumimos nossos erros. Tentamos, a qualquer custo, transmití-los para outra pessoa.

Por isso os médicos precisam tomar todas as precauções possíveis para, numa eventualidade de serem processados, conseguirem reunir provas suficientes da sua inocência.

Nesse sentido, a MB Perícias Médicas pode te auxiliar. Atuando nesse mercado desde 2010, o Dr. Maurício Beck acumula extenso conhecimento técnico, o qual segue sendo aprimorado em congressos e eventos dessa seara.

Se deseja mais informações, ou tem algum caso para discutir, entre em contato. Nossa equipe saberá dar o encaminhamento mais adequado ao seu caso.

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